segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os Segredos da Mente Milionária


Por
isso, quando for adulto, vou agir de um modo totalmente diferente.
Espero que compreendam. Agora vão dormir. Tenham bons sonhos."
Não, as coisas definitivamente não acontecem assim. Pelo contrario:
quando os nossos botões são apertados, geralmente tendemos a
ficar furiosos e a reagir com uma atitude do tipo: "Eu odeio vocês.
Jamais serei como vocês. Quando eu crescer, serei rico, terei tudo o
que quero, gostem vocês ou não." Depois, vamos para o quarto,
batemos a porta e começamos a socar o travesseiro ou o que estiver ao
alcance da mão para extravasar a frustração.
Muitas pessoas nascidas em famílias pobres sentem raiva e se
rebelam. Em geral, elas vão à luta e enriquecem ou têm, pelo menos,
o impulso de enriquecer. Mas há um pequeno problema, que é na
verdade um problemão. Mesmo que façam fortuna ou se matem de
trabalhar na tentativa de alcançar o sucesso, elas não costumam ser
felizes. Por quê? Porque as raízes da sua riqueza ou motivação para
ganhar dinheiro são a raiva e o ressentimento. Conseqüentemente,
dinheiro e raiva tornam-se entidades associadas na sua mente:
quanto mais dinheiro elas têm ou lutam para ter, mais enraivecidas ficam.
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Até o dia em que a sua consciência lhes diz: "Estou cansado de
tanta raiva e de tanto estresse. Tudo o que eu quero é paz e
felicidade." Nesse ponto, as pessoas perguntam à mesma mente que criou
aquela associação o que fazer a respeito dessa situação. E a mente
responde: "Para se livrar da raiva, será necessário dar um fim ao seu
dinheiro." E é o que elas fazem: inconscientemente, livram-se dele.
Começam a gastar loucamente, a realizar maus investimentos, a
pedir divórcios desastrosos do ponto de vista financeiro ou a
sabotar o próprio sucesso de outra forma. Mas não importa, porque
agora elas são felizes, certo? Errado. As coisas ficam ainda piores
porque agora, além de continuarem a sentir raiva, elas estão
também na lona. Deram fim à coisa errada!
Livraram-se do dinheiro, e não da raiva - do fruto, e não da raiz -,
quando a verdadeira questão é, e sempre foi, a raiva que sentem
dos pais. Enquanto esse sentimento permanecer, elas nunca estarão
verdadeiramente felizes ou em paz, não importa quanto dinheiro
tenham ou deixem de ter.
A sua razão, ou motivação, para enriquecer ou fazer sucesso
é crucial. Se ela possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva
ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe
trará telicidade.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A sua razão ou motivação para enriquecer ou fazer
sucesso é crucial. Se ela possui uma raiz negativa,
como o medo, a raiva ou a necessidade de provar
algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade.
Por quê? Porque nenhum desses problemas pode ser resolvido
com dinheiro. Veja o caso do medo, por exemplo. Nos seminários,
costumo perguntar à platéia: "Quantos de vocês diriam que o medo
é a sua principal motivação para o sucesso?" Poucas pessoas erguem
o braço. No entanto, quando eu pergunto "Quantos de vocês diriam
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que a segurança é uma das suas principais motivações para o
sucesso?", quase todos os presentes levantam a mão. Mas preste atenção
- a segurança e o medo são ambos motivados pelo mesmo fator.
A busca por segurança tem origem na insegurança, cujo
fundamento é o medo.
Será que mais dinheiro dissipa o medo? Quem dera! A resposta é:
absolutamente, não. Por quê? Porque o dinheiro não é a raiz do
problema; o medo, sim. E o pior é que esse sentimento, mais do que um
problema, é um hábito. Portanto, ganhar mais dinheiro apenas
mudará o tipo de temor que trazemos dentro de nós. Quando não
possuímos nada, sentimos medo de não conseguir chegar lá ou de
não termos o suficiente. Se atingimos um patamar qualquer, o medo
passa a ser "E se eu perder tudo o que consegui?", ou "Todo mundo
vai querer o meu dinheiro", ou ainda "Vou ter que pagar uma
fortuna de impostos". Em resumo, se não formos à raiz da questão e
nos livrarmos do medo, nenhuma quantidade de dinheiro será
capaz de nos ajudar.
É claro que a maioria das pessoas, se pudessem escolher, preferiria
se preocupar com a possibilidade de perder o dinheiro que possui a
não ter um centavo, mas nenhuma dessas duas hipóteses propicia
um modo agradável de viver.
Assim como existem pessoas movidas pelo medo, há quem seja
motivado a alcançar o sucesso financeiro para provar que "é
suficientemente capaz". Vou tratar detalhadamente desse desafio na
parte 2. Por enquanto, apenas entenda que nenhuma quantidade de
dinheiro jamais fará de você alguém competente. O dinheiro não
pode transformá-lo em algo que você já é. Volto a dizer: assim como
acontece com o medo, a necessidade de provar a sua competência o
tempo todo acaba se tornando o seu modo de viver. Nem passa pela
sua cabeça que essa necessidade está governando os seus atos. Você se
considera um grande realizador, um baita líder, uma pessoa
determinada, características que são todas excelentes. A questão que
permanece é: por quê? Que motor está na raiz de tudo isso?
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No caso dos indivíduos movidos pela necessidade constante de
provar que são capazes, nenhuma quantidade de dinheiro consegue
aliviar a dor daquela ferida interna que faz com que, para eles, todas
as coisas e todas as pessoas da sua vida não são "o suficiente". Nem
todo o dinheiro do mundo, nem qualquer outra coisa do gênero,
será o bastante para quem não se sente capaz.
Mais uma vez: está tudo dentro de você. Lembre-se: o seu mundo
interior reflete o seu mundo exterior. Se você não se considera
pleno, acabará confirmando essa crença e criando a realidade de que
não tem o suficiente. Por outro lado, se você se sente uma pessoa
plena, validará essa crença gerando abundância. Por quê? Porque a
plenitude é a sua raiz e ela se tornará o seu modo natural de viver.
Desvinculando a sua motivação para ganhar dinheiro da raiva, do
medo e da necessidade de auto-afirmação, você poderá estabelecer
novas associações para prosperar financeiramente por meio do
propósito, da contribuição e da alegria. Assim, nunca terá que se
livrar do dinheiro para ser feliz.
Ser rebelde ou ser o oposto dos seus pais na área financeira nem
sempre é um problema. Ao contrário, se você é um rebelde (geralmente
o caso do segundo filho) e a sua família tem hábitos negativos
no que diz respeito ao dinheiro, é muito bom pensar e agir de forma
oposta a ela nessa questão. Por outro lado, se os seus pais são bemsucedidos
e você está se voltando contra eles, pode estar a caminho
de enfrentar sérias dificuldades financeiras.
Em qualquer dos casos, o importante é reconhecer como o seu
modo de ser se relaciona com um dos seus pais ou com ambos em
matéria de dinheiro.
Passos para a mudança: exemplo
CONSCIENTIZAÇÃO -Pense no modo de ser e nos hábitos dos seus
pais em relação à riqueza e ao dinheiro. Liste por escrito em que
aspectos você se considera igual a cada um deles ou o seu oposto.
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ENTENDIMENTO - Escreva sobre o efeito que esse exemplo vem
causando na sua vida financeira.
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é
apenas o seu aprendizado passado, e não quem você é? Consegue
perceber que tem a opção de ser diferente agora?
DECLARAÇÃO
O exemplo que tive a respeito do dinheiro era o modo de agir dos
meus pais. A minha maneira de fazer as coisas nessa área sou eu
que escolho.
Agora diga:
Eu tenho uma mente milioná ria!
A terceira influência: episódios específicos
A terceira forma básica de condicionamento são os episódius
específicos. Que experiências com dinheiro, riqueza e pessoas
você teve quando criança? Elas são extremamente importantes
porque moldaram as crenças - ou melhor, as ilusões - que hoje
governam a sua vida.
Vou dar um exemplo. Josey, uma enfermeira de sala de cirurgia,
foi ao Seminário Intensivo da Mente Milionaria. Os seus
rendimentos eram excelentes, mas ela sempre gastava tudo. Quando cavamos
um pouco mais fundo, ela falou de um episódio que vivera aos
11 anos de idade. Estava com os pais e a irmã num restaurante
chinês. A mãe e o pai começaram mais uma das suas brigas por
causa de dinheiro. De pé, o pai gritava e esmurrava a mesa com o
punho quando ficou vermelho, depois azul, e caiu no chão, vítima
de um ataque cardíaco. Josey era da equipe de natação da escola e
tinha feito o treinamento de ressuscitação cardiopulmonar. Tentou
de tudo, mas não adiantou. O pai morreu nos seus braços.
Desse dia em diante, a sua mente passou a associar o dinheiro à
dor. Não admira que, quando adulta, Josey tenha passado a se livrar
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subconscientemente de todo o dinheiro que ganhava, na tentativa de
dar um fim à dor. Outro dado interessante é o fato de ela ter se
tornado enfermeira. Por quê? Talvez ainda estivesse tentando salvar o pai.
No curso, nós a ajudamos a identificar e revisar o seu antigo
modelo de dinheiro. Hoje ela está a caminho de se tornar
financeiramente independente. E não é mais enfermeira. Não que não
gostasse do trabalho, o problema é que estava nessa profissão pelo
motivo errado. Hoje Josey trabalha com planejamento financeiro
personalizado, ajudando as pessoas a entender como a programação
passada governa todos os aspectos da sua vida financeira.
O próximo exemplo de episódio específico é mais pessoal.
Quando a minha mulher tinha oito anos de idade, toda vez que ela
ouvia a buzina do caminhão de sorvete na sua rua, corria até à mãe
para pedir uma moedinha. E ouvia a seguinte resposta: "Sinto
muito, querida, eu não tenho. Peça ao seu pai." Ele então lhe dava
uma moeda e ela ia comprar o sorvete, feliz da vida.
Toda semana essa mesma história se repetia. O que foi, então, que
a minha mulher aprendeu a respeito do dinheiro?

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