O meu pai, por exemplo, era empresário do ramo da construçãocivil. Construía de 12 a 100 casas por projeto. Cada um dessesempreendimentos demandava um pesado investimento de capital. Omeu pai precisava empenhar tudo o que tínhamos para fazerempréstimos nos bancos até as casas serem vendidas e o dinheiro começara entrar. Por isso, toda vez que ele dava início a um projeto, nósficávamos mergulhados em dívidas e sem um tostão para gastar.Como você pode imaginar, por essa época o humor do meu painão era dos melhores nem a generosidade era o seu forte. Para tudoo que eu lhe pedia, mesmo que custasse só um centavo, a sua respostapadrãodepois de "Você acha que eu sou feito de dinheiro?" era "Estámaluco?". É claro que eu não conseguia mais do que aquele olhar de"Nem pense em pedir outra vez". Garanto que você sabe exatamenteo que é isso.Essa situação durava um ano ou dois, até as casas serem vendidas.Depois, ficávamos cheios da grana. Da noite para o dia, o meu pai setransformava em outra pessoa. Ficava feliz, afável e extremamentegeneroso. Até me perguntava se eu precisava de dinheiro. Eu tinhaganas de lhe devolver aquele olhar da época das vacas magras, mas,Como não era bobo, dizia apenas: "Claro, pai, obrigado." E reviravaos olhos.A vida era boa até o maldito dia em que ele chegava em casaanunciando: "Encontrei um ótimo terreno. Vamos COnstruirnovamente." Lembro-me muito bem de que eu costumava dizer"Fantástico, pai, boa sorte!. com o coração apertado por saber doperíodo de dureza que teríamos pela frente.Até onde consigo me lembrar, esse padrão já existia quando eutinha seis anos de idade e durou até os meus 21 anos, quando saídefinitivamente de casa. Foi quando tudo mudou - pelo menos eraassim que eu pensava.Nessa época, terminei os estudos e me tornei, como você há deimaginar, construtor. Depois me meti em vários negóciosrelacionados com projetos de construção. Por algum estranho motivo, após32ganhar pequenas fortunas, em pouco tempo eu estava de novo napindaíba. Então, começava outro negócio, sentia-me novamenteno topo do mundo e, um ano depois, me via mais uma vez no fundodo poço.Fiquei cerca de 10 anos nesse esquema de altos e baixos, atéperceber que o problema talvez não fosse o ramo de negócio em que euestava, os sócios que escolhia, os empregados que tinha, a situaçãoeconômica do país ou minha decisão de dar um tempo no trabalho erelaxar quando as coisas iam bem. Finalmente, reconheci que, talvez,estivesse inconscientemente revivendo os altos e baixos do meu pai.Graças a Deus, tive a oportunidade de aprender o que você estálendo neste livro e consegui me recondicionar a abandonar omodelo ioiô e construir uma vida de prosperidade crescente. Até hojesinto ânsia de mudar quando as coisas vão bem (e sabotar a mimmesmo no processo), mas agora tenho na mente outro arquivo queobserva esse sentimento e diz: "Obrigado pela informação. Poderetomar a concentração e voltar ao trabalho."O exemplo seguinte vem de um dos participantes dos seminarios.Nunca vou me esquecer de um senhor que, em lágrimas, se aproximoude mim no final da apresentação com a respiração ofegante eenxugando os olhos na manga da camisa. Olhei para ele e perguntei:- Qual é o problema, senhor?Ele respondeu:- Tenho 63 anos de idade. Leio livros e freqüento semináriosdesde que eles foram inventados. Já escutei todo tipo de palestrantee tentei tudo o que eles sugeriram - ações, imóveis, uma dúzia denegócios diferentes. Voltei à universidade e obtive um MBA. Tenho10 vezes mais conhecimento do que a média das pessoas e jamaisalcancei o sucesso financeiro. Em todos esses anos, sempre comeceimuito bem e acabei de mãos vazias e nunca soube por quê. Eu meachava um completo idiota até hoje. Depois de ouvir o que vocêfalou e processar as informações, finalmente as coisas começaram afazer sentido. Não há nada errado comigo. Simplesmente trago o33modelo de dinheiro do meu pai gravado na mente, e esse tem sidoo meu castigo. O meu pai perdeu tudo o que possuía num negóciomalsucedido. Todo dia ele saia de casa para procurar trabalho outentar vender alguma coisa e voltava sem nada. Ah, se eu tivesseaprendido sobre modelos e padrões de dinheiro há 40 anos...Quanta perda de tempo todo esse aprendizado e conhecimento.E comesou a chorar convulsivamente. Eu lhe disse:- O seu conhecimento não é de forma nenhuma uma perda detempo. Ele apenas ficou latente, num canto do seu cérebro, à esperado momento oportuno para se manifestar. Agora que o senhorformulou um "modelo de sucesso", tudo o que aprendeu ao longo davida se tornará útil e fará com que seja bem-sucedido.A maioria de nós só sabe a verdade quando a escuta. Ele começoua ficar ofegante de novo, depois foi se mostrando mais aliviado epassou a respirar profundamente. Em seguida, um grande sorrisoiluminou o seu rosto. Deu-me um forte abraço e disse:- Obrigado, obrigado, obrigado.Na última vez que tive notícias desse senhor, ele estava nas alturas:acumulara mais riqueza nos últimos 18 meses do que nos últimos18 anos. Para mim, isso é o máximo.Repito: mesmo que você tenha todo o conhecimento e toda aqualificação do mundo, se o seu modelo não estiver programadopara o sucesso, você estará condenado financeiramente.Nos seminários, recebo muitas pessoas cujos pais lutaram naSegunda Guerra Mundial ou sofreram uma grande perda financeira.Elas sempre se espantam ao perceber como as experiências dos paisinfluenciaram as suas crenças e os seus hábitos a respeito do dinheiro.Algumas delas gastam feito loucas porque, como dizem: "É muitofácil perder tudo, por isso o melhor é desfrutar o dinheiro enquantoé possível." Outras fazem o caminho inverso: guardam o que têm nocofre para os dias difíceis.Uma palavra de sabedoria: poupar para os dias difíceis pareceuma boa idéia, mas pode também criar grandes problemas. Um dos34princípios que ensino nos cursos é o poder da intenção. Se você estájuntando dinheiro para os dias difíceis, o que acabará conseguindo?Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de economizar para temposruins, concentre-se em guardar para os dias felizes ou para o ia emque você alcançar a sua liberdade financeira. Nesse caso, pela lei daintenção, é exatamente isso o que obterá.Eu disse anteriormente que, em questões de dinheiro, a maioriadas pessoas tende a se identificar com os pais ou com um deles pelomenos, mas há também o outro lado da moeda. Há quem acabe setornando exatamente o oposto deles. Por que isso acontece? Seráque as palavras raiva e rebeldia têm algo a ver com essa história? Emsuma, tudo depende do quanto a pessoa se irritava com os pais.Infelizmente, quando somos crianças não podemos dizer a eles:"Mamãe, papai, sentem-se aqui. Quero discutir uma coisa com vocês:não gosto da maneira como vocês lidam com o seu dinheiro.
0 comentários:
Postar um comentário
Favor Se Cadastrar Para Comentar. Não Use Palavras de Baixo Calão, Não Ofenda Ninguém. Não Faça Racismo. Obrigado